Paulo Henrique Mai

Houve um tempo em que vivi um difícil dilema, ser médico ou professor... mas por que não os dois? Muitas vezes nossos hábitos e estilos de vida estão intimamente relacionados aos sintomas que apresentamos. Como médico, tão gratificando quanto oferecer opções de tratamento é poder ensinar as pessoas a viver de uma forma saudável.

 

Em 2020 concluí a residência em Medicina de Família e Comunidade pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Foi uma experiência ímpar, uma especialização que nos capacita a resolver com excelência grande parte dos problemas de saúde que apresentamos ao longo das diferentes fases da vida, desde a infância ao processo de envelhecimento.

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Logo nos primeiros atendimentos me dei conta de que nem tudo pode ser resolvido apenas com remédios. As medicações são importantes, mas, quando me tornei paciente, foi a Acupuntura que trouxe alívio para as minhas tantas dores. Não poderia ser diferente, longo iniciei também a especialização em Acupuntura pelo Centro de Estudos em Acupuntura do Paraná.

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Uma coisa que me chamou muito a atenção é o fato de que se separa o tempo todo aquilo que é o corpo e aquilo que é da mente, como se fosse possível dividir alguém um muitos pedacinhos desconsiderando a totalidade do ser. A compreensão de que corpo e psique são um só, indissociável, levou-me a conhecer a Terapia Comunitária Integrativa e a iniciar a especialização em Psiquiatria pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, ainda em andamento.

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Em 2021 aceitei o convite de fazer parte de um sonho, um espaço ímpar de cuidado capaz de ir ao encontro daquilo que acredito ser cuidado e ser saúde. Nasceu aí o Nosso Quintal Cuidado em Saúde.

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A ideia de ser professor, que comentei lá em cima, também floresceu. Hoje posso me orgulhar de ter contribuído com a formação de dezenas de alunos do curso de Medicina do Centro Universitário Ingá (onde me formei em 2017) e da UniCesumar. Muitos planos ainda estão em curso, como o Mestrado Interdisciplinar em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de São Paulo.

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Hoje estou também na presidência da Associação Paranaense de Medicina de Família e Comunidade, APrMFC, entidade científica que congrega médicas e médicos de família de todo o estado.