Paulo Henrique Mai

Houve um tempo em que vivi um dilema: ser médico ou professor? Mas por que não os dois? Sempre acreditei que nossos hábitos e estilos de vida estão profundamente ligados aos sintomas que apresentamos. Como médico, tão gratificante quanto oferecer opções de tratamento é ensinar as pessoas a viver de forma mais saudável e plena.

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Em 2020, concluí a residência em Medicina de Família e Comunidade pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Foi uma experiência única, que me capacitou a cuidar com excelência da saúde em todas as fases da vida — da infância ao envelhecimento.

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Logo nos primeiros atendimentos, percebi que nem tudo pode ser resolvido apenas com remédios. As medicações são importantes, mas, quando me tornei paciente, foi a Acupuntura que trouxe alívio para as minhas próprias dores. Esse aprendizado pessoal me levou a iniciar a especialização em Acupuntura pelo Centro de Estudos em Acupuntura do Paraná.

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Algo que sempre me chamou atenção foi a ideia de separar o que é do corpo e o que é da mente — como se fosse possível dividir o ser humano em partes, desconsiderando sua totalidade. A compreensão de que corpo e psique são um só me levou a buscar a Terapia Comunitária Integrativa e a iniciar a especialização em Psiquiatria pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Meu objetivo nunca foi me dedicar exclusivamente à psiquiatria, mas cuidar integralmente das pessoas, sem deixar em segundo plano o sofrimento do corpo ou da mente.

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Em 2021, aceitei o convite para fazer parte de um sonho coletivo: o Nosso Quintal Cuidado em Saúde, um espaço de cuidado alinhado ao que acredito ser saúde de verdade. Tive o privilégio de integrar esse projeto até dezembro de 2024.

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A ideia de ser professor, que comentei lá no início, também floresceu. Pude contribuir com a formação de centenas de alunos de Medicina no Centro Universitário Ingá (onde me formei em 2017) e na UniCesumar. Em 2025, concluí o Mestrado Interdisciplinar em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de São Paulo, um passo que consolidou meu compromisso com o ensino e a pesquisa.

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Entre 2022 e 2024, estive na presidência da Associação Paranaense de Medicina de Família e Comunidade (APrMFC), entidade científica que congrega médicas e médicos de família de todo o estado do Paraná.

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Em 2025, movido pelo desejo de estar mais próximo da família, mudei-me para Luís Eduardo Magalhães, Bahia, de onde sigo escrevendo esta história, com o mesmo propósito: cuidar integralmente, acolher e caminhar ao lado das pessoas em busca de saúde e qualidade de vida.